Considerada a arte mais antiga e completa, a dança surgiu por meio da necessidade do ser humano expressar e manifestar suas emoções. Antes de utilizar a comunicação oral, o ser humano já se expressava com movimentos corporais, portanto, ela acompanha o ser humano ao longo de sua historia, fazendo-se presente na vida dos povos primitivos e sendo considerada uma atividade significativa e de suma importância para os mesmos.
Ela era utilizada em todos os acontecimentos da vida – como nascimentos, casamentos, festas, caça, colheitas – para homenagear aos deuses, nos rituais sagrados, na cura de enfermidades e na morte. Alguns povos dançavam para pedir chuvas e uma boa colheita, outros utilizavam imitações e gestos durante danças religiosas a fim de atingirem seus objetivos. Ossona (1988) menciona que: “a dança imita passos dos animais com fim de atraí-los ao perímetro de tiro e simula também seu acasalamento para que se multipliquem as espécies”.
No caso da cultura pré-histórica africana, a dança também era utilizada em rituais de celebração. Ela era composta por características próprias de movimentos que utilizavam todas as partes do corpo e era marcada por ritmos advindos de tambores ou dos próprios pés.
Já na Grécia antiga, a dança era conhecida essencial para o culto, o teatro e a educação do povo grego. Ela era realizada em ocasiões festivas exercendo um papel importante no nascimento do teatro grego. Podemos ainda citar à famosa dança circular, utilizada pelos gregos para homenagear os deuses.
Na Idade Média, diante da influência do cristianismo na Europa, as danças foram proibidas pelos representantes da Igreja, pois possuíam movimentos sensuais. Entretanto havia dançarinos que se apresentavam nas festas e aldeias mantendo viva essa manifestação.
No Renascimento cultural dos séc. XV e XVI, que começou na Itália e se espalhou pela Europa, aconteceram grandes descobertas e explorações, desenvolvimento cultural, interesse pelo saber, avanços significativos na Ciência e Astronomia que acabaram repercutindo na visão teocêntrica da Idade Média sobre a dança. Esta, por sua vez, reapareceu nos espetáculos teatrais da corte e era produzida pelos mestres de dança que também as ensinavam à nobreza. Nesse período, as pessoas acreditavam que a harmonia dos movimentos da dança trazia harmonia para todo o universo.
