segunda-feira, 18 de julho de 2011

Axé Music

O Axé Music, ou simplesmente Axé, é um gênero musical surgido no estado da Bahia na década de 1980, durante as manifestações populares do carnaval de Salvador, que mistura a Marcha das Musicas Latino-caribenhas com Frevo pernambucano, Forró, Maracatu, Reggae e Calypso, que é derivado do Reggae.
No entanto, o termo Axé Music é utilizado erroneamente para designar todos os ritmos de raízes africanas ou o estilo de qualquer banda ou artista que provem da Bahia. Sabe-se hoje, que nem toda musica baiana é Axé, pois lá há o Olodum, um ritmo da África do Sul, Samba de roda e Pagode produzidos por algumas bandas, Calypso, proveniente do Caribe e Samba-reggae, uma novidade.
A palavra “axé” é uma saudação religiosa usada no candomblé e na umbanda, que significa energia positiva.
Com o impulso da mídia, o axé music rapidamente se espalhou pelo país todo (com a realização de carnavais fora de época, às micaretas), e fortaleceu-se como indústria, produzindo sucessos durante todo o ano.
O álbum O Canto da Cidade de Daniela Mercury é considerado o responsável por levar o axé ao publico brasileiro.
Ivete Sangalo é uma das cantoras de maior sucesso da musica brasileira atualmente.
Claudia Leitte, ex-vocalista da banda Babado Novo, é umas das principais cantoras de axé atualmente.
Guitarras elétricas
As origens do axé na década de 1950, quando Dodô e Osmar começam a tocar o frevo pernambucano em rudimentares guitarras elétricas em cima de uma Fóbica (um Ford 1929). Nascia o trio elétrico, atração do carnaval baiano. Paralelamente ao movimento dos trios, aconteceu o da proliferação dos blocos-afros: como Araketu e Olodum. Eles tocavam ritmos africanos com ijexá, brasileiros como o maracatu e o samba (os instrumentos eram os das escolas de samba do Rio) e caribenhos como o merengue.
Com a cadencia e as letras das canções do Bob Marley nos ouvidos, o Olodum criou um ritmo próprio que misturava Axé, Musica Latina, Reggae e também Musica Africana, estilo com forte caráter de afirmação da negritude, que fez sucesso em Salvador dos anos de 1980, chegavam ao Sudeste em discos na bagagem dos que lá passavam férias. A modernidade das guitarras se encontrava com a tradição dos tambores em mistura de alta octanagem.
Guinada para o Frevo e Pop Rock
Aquela nova musica baiana avançaria mais ainda na direção do pop em 1992, quando o Araketu resolveu injetar eletrônica nos tambores. No mesmo ano, Daniela Mercury, e o Brasil se renderiam de vez ao Axé. Aberta a porta, vieram Asa de Águia, Banda Eva (que nasceu do Bloco Eva e revelou Ivete Sangalo), Banda Cheiro de Amor e tantos outros nomes. A explosão comercial do axé passou longe da unanimidade.
Enquanto o axé se fortalecia comercialmente, alguns nomes buscavam alternativas criativas para a musica baiana. O mais significativo deles foi a Timbalada, grupo de percussionistas e vocalistas liderado por Carlinhos Brown, que veio com a proposta de resgatar o som dos timbaus, que há muito tempo estavam restritos à percussão dos terreiros de Candomblé.
Enquanto isso, os nomes de sucesso da musica baiana multiplicavam-se.
Declínio e surgimento do Samba Reggae
Depois da década de 1990 a intitulada Axé Music perdeu forças para musica internacional. Desta forma, os gêneros musicais brasileiros, até mesmo o pagode, saíram do sucesso Maximo nas rádios, bares, restaurantes e clubes.
Os ritmos que compõem o movimento mercadológico do Axé Music continuam a existir, mas os lançamentos dos mais famosos artistas de Axé estão com poucas vendagens de discos e gravagens repetitivas. O samba-reggae, como é chamado por artistas famosos, apesar de ter origem na Bahia, não é considerado Axé e sim um estilo da Musica Popular Brasileira independente e inovador.

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